Itaoeste no Brasil

Oportunidades de negócios para os minérios raros

O aumento da demanda por minerais raros, puxado pela utilização em produtos de alta tecnologia, abriu novas oportunidades de negócios no país. Tálio e terras raras estão nesse grupo de novas commodities, cujos preços tiveram aumentos expressivos nos últimos anos. Nesse mercado, a predominância é da China, que influencia o comportamento das cotações tanto pelo lado da produção quanto do consumo. O tório, também abundante no país, deve voltar a ser usado para a produção de energia nuclear.

O tálio foi descoberto no país pela Itaoeste, empresa de mineração criada em 2002 pelo empresário Olacyr de Moraes. A empresa, que já prospectava manganês, cobalto, ferro, titânio, ouro, cobre e fosfato, descobriu uma jazida do mineral em Barreiras, na Bahia, e colocou o Brasil no restrito grupo de produtores de tálio, formado por China e Cazaquistão. Anunciada em fevereiro, a descoberta tem características inéditas. Trata-se da primeira jazida no mundo associada a manganês e cobalto e suas reservas, de 60 milhões de gramas, podem abastecer o mundo por seis anos. E isso corresponde a apenas 2% de uma área de 44 mil hectares que está sendo pesquisada.

O grama do tálio saltou de US$ 2, em 2005, para US$ 6, em 2010. O motivo foi o fato de a China ter trocado sua posição de exportadora para importadora, tanto de terras raras quanto de tálio. "O mundo ficou dependente somente da produção do Cazaquistão, que produz o mineral como subproduto do zinco, em minas profundas e em um processo complicado", diz Vladimir Aps, diretor da Itaoeste.

Ele diz que a demanda por tálio deve crescer mais, em função do desenvolvimento tecnológico em várias áreas. O mineral é usado na fabricação de rádio-fármacos para contrastes de exames cardiológios, como elemento termoelétrico em equipamentos para transformar calor em energia elétrica, na produção de microlâmpadas de LED para TVs de alta resolução e outros equipamentos e também em supercondutores (HTS) de alta temperatura, que permitem a transmissão de eletricidade em longas distâncias com perdas mínimas.

As terras raras estão em evidência devido ao seu uso na fabricação de chips. Elas são um conjunto de 17 minerais e seu campo de utilização é extenso, incluindo ímãs que transformam energia elétrica em mecânica, notebooks, celulares, iPods, fibras óticas, painéis solares e trens-bala. Os preços desses minerais, entre os quais neodímio, samário, praseodímio, disprósio e gadolínio, dispararam porque a China, com 36% das reservas mundiais e responsável por 97% do fornecimento global, diminuiu as exportações para suprir sua demanda interna. Um cenário que proporciona vantagem para o Brasil, onde as terras raras são encontradas em grande quantidade associadas à monazita, a parte preta da areia escura. A monazita é composta de tório e urânio.

O problema da produção de terras raras é ambiental, porque o processo gera rejeitos de urânio e tório, ou seja, lixo radioativo. Contudo, diz Otto Bittencourt Netto, diretor de recursos minerais da Indústrias Energéticas do Brasil (INB), existem soluções técnicas para o problema. A INB produziu terras raras até 1996. A produção foi suspensa por questões ambientais e porque os preços ficaram muito baixos.

Link: http://www.valor.com.br/impresso/empresas/oportunidades-de-negocios-para-os-minerios-raros (É necessário ter cadastro no site)

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